O risco de reinventar a roda “Não basta jogar bonito. No mundo real, às vezes é necessário “chutar bola pro mato, que o jogo é de campeonato”. O simples pode ser o mais eficiente e rentável.” É fato que o ser humano gosta de novidades. Nessa ânsia por quebrar paradigmas, vejo cada vez mais profissionais propondo soluções inovadoras, disruptivas, sejam elas tecnológicas, ou de gestão, que prometem ser a panaceia para todas as questões corporativas. Sou um grande admirador de novas tecnologias e processos de automação, mas acredito que tais passos devem ser tomados com o devido cuidado. Dentro de qualquer negócio existe um conhecimento intrínseco adquirido a duras penas ao longo dos anos que não pode ser simplesmente ignorado em nome da inovação, sob pena de se desprezar as lições aprendidas. Infelizmente, vejo esses cuidados sendo deixados de lado em prol unicamente da novidade, o que nem sempre combina com lucratividade, ou efetividade. Em alguns casos, o objetivo não exprimido dessas ações é apenas o de deixar a própria marca. Tomo como exemplo grandes empresas, outrora com alta rentabilidade, que decidiram alterar drasticamente seus métodos de gestão, investimentos, sistemas, políticas de estoque, antes de ouvir e entender, pelo simples desejo de inovar. Como resultado, acabaram potencializando sua exposição à volatilidade do mercado, evidenciando que a iniciativa sem os devidos cuidados pode ser uma armadilha. Antes de aplicar mudanças é necessário entender o “por que fazemos o que fazemos”. Um exemplo é o que ocorre em processos de automação. Tendo em mente a redução de custos imediatos, as empresas acabam adotando sistemas novos, que não foram submetidos à prova ou que não são os mais adequados as suas realidades. Longe das decisões de Conselho e da Diretoria, muitos erros e gafes acabam sendo cometidas. Afinal, estamos falando de sistemas de inteligência artificial recentes, que ainda não são capazes de analisar toda a riqueza de nuances de um processo, ou peculiaridades da gestão em um determinado segmento. Na área jurídica já presenciei um caso em que defesa produzida era tão incoerente que o juiz considerou a companhia indefesa, dando ganho de causa à outra parte. O mais absurdo é constatar que esse tipo de dado dificilmente chega nas instâncias decisórias, ou quando chega é com ruído atribuindo-se a responsabilidade pelo infortúnio ao Poder Judiciário, ou as leis brasileiras. Por isso, ressalto: inovar pelo simples prazer em inovar não é a melhor solução. É preciso analisar o cenário, testar possibilidades, fazer benchmarking, consultar especialistas, entender os processos atuais e as razões que o levaram a ser de determinada forma. Não basta jogar bonito. No mundo real, às vezes é necessário “chutar bola pro mato, que o jogo é de campeonato”. O simples pode ser o mais eficiente e rentável. Publicado em https://www.migalhas.com.br/depeso/280966/o-risco-de-reinventar-a-roda Talles Franco Giaretta Advogado
Advogado e o novo papel na empresa
Advogado e o novo papel na empresa “As grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas, transformando-se em gestor que se envolve em todas as etapas do negócio” Não faz muito tempo que a figura do advogado só era vista nas reuniões de gestão, quando um problema ou uma crise já se encontrava em andamento. Fazia parte da nossa cultura empresarial acioná-lo de forma reativa e no calor das emoções, tal qual paciente que espera os sintomas se agravarem para procurar o médico. É inegável que o Brasil ingressou de fato no mercado global, como player e não como mero espectador, todavia esse movimento criou série de demandas nas organizações, atualmente envolvidas em questões complexas. Neste novo cenário, se tornou fundamental e obrigatória nas empresas a presença do executivo do Direito, munido de visão de negócios, conhecimento de legislação, experiência na negociação e elaboração de grandes contratos, processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental. As grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas, transformando-se em gestor que se envolve em todas as etapas do negócio. Em sua trajetória dentro da organização o advogado tem a oportunidade de acompanhar um tema desde o seu nascimento, participando das fases de planejamento e contratação, com o diferencial de conhecer também os bastidores, ou seja, as leis, os aspectos práticos do nosso ordenamento e da empresa, ignorados muitas vezes por quem toma as decisões. Em um discurso, ou declaração, esse profissional dificilmente cometerá deslizes, verdadeiros pesadelos na era da informação, para qualquer acionista, que muitas vezes vê a imagem da corporação ser comprometida por uma declaração infeliz. Esta mudança ganhará ainda mais força nos próximos anos, pois o movimento econômico de abertura de capital de muitas empresas levará à maciça atuação de profissionais que tenham efetivamente bagagem com sólidos conhecimentos sobre a parte legal e compliance. As empresas que complementarem seu staff executivo, com esse tipo de profissional, certamente terão grande vantagem competitiva na identificação de oportunidades e na velocidade de resolução de processos internos sobre seus concorrentes, além de reduzir sensivelmente os gastos e custas com o surgimento de demandas judiciais. Publicado em http://jovemexecutivo.blog.br/index.php/advogado-e-o-novo-papel-na-empresa/ Talles Franco Giaretta Advogado
Advogado empresarial assume novo papel nas organizações
Advogado empresarial assume novo papel nas organizações Especialista diz ainda que o advogado atua em processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental Antigamente a figura do advogado só era vista nas reuniões de gestão, quando um problema ou uma crise já estava em andamento. Hoje é muito diferente. Com a nova realidade econômica brasileira, o profissional passou a ser aproveitado em novas demandas nas organizações. Segundo o diretor jurídico da ToyoSetal, especialista em Direito Empresarial, Talles Franco Giaretta, atualmente o advogado está envolvido em questões complexas. “Neste novo cenário, se tornou fundamental e obrigatório nas empresas a presença do executivo do direito, munido de visão de negócios, conhecimento de legislação, experiência na negociação e elaboração de grandes contratos”. O especialista diz ainda que o advogado atua em processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental. Para ele, as grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui uma visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas. Doutor gestor Na avaliação de Giaretta, o advogado transformou-se em um gestor que se envolve em todas as etapas de um negócio, passando assim, a ter função primordial no desenvolvimento estratégico e nos rumos da empresa. Em sua trajetória dentro de uma organização o advogado tem a oportunidade de acompanhar um tema desde o seu nascimento, participando das fases de planejamento e contratação. “Com o diferencial de conhecer também os bastidores, ou seja, as leis”. O especialista em direito empresarial acredita que em um discurso, ou declaração, este profissional dificilmente cometerá deslizes, “verdadeiros pesadelos na era da informação, para qualquer acionista, que muitas vezes vê a imagem da corporação ser comprometida por uma declaração infeliz”. Abertura de capital De acordo com Giaretta, esta mudança ganhará ainda mais força nos próximos anos com abertura de capital de muitas empresas que demandará a contratação de um profissional que tenha sólidos conhecimentos sobre a parte legal e compliance. “As empresas que complementarem seu staff executivo, com este tipo de profissional, certamente terão uma grande vantagem competitiva na identificação de oportunidades e na velocidade de resolução de processos internos sobre seus concorrentes, além de reduzir sensivelmente os gastos e custas com o surgimento de demandas judiciais”, finaliza. Publicado em http://www.infomoney.com.br/carreira/emprego/noticia/2611370/advogado-empresarial-assume-novo-papel-nas-organizacoes Talles Franco Giaretta Advogado